Medicações para Gatos
Cuidado!
A administração de medicamentos em animais é uma tarefa que exige paciência, precisão e conhecimento, já que a espécie tem uma anatomia e fisiologia únicas, além de ser mais sensível a certos princípios ativos.
Um erro na escolha ou na administração de remédios pode resultar em sérias complicações para a saúde do felino.
O objetivo deste guia é fornecer informações sobre medicações para gatos, abordando os tipos de problemas que podem ser tratados, os princípios ativos comuns, cuidados essenciais e os perigos de uma medicação indiscriminada.
Principais Tipos de Medicamentos para Gatos e Seus Princípios Ativos
Os medicamentos para gatos variam bastante dependendo do tipo de problema de saúde a ser tratado. Abaixo, vamos detalhar os principais princípios ativos utilizados e as condições para as quais são indicados.
1. Antibióticos
Os antibióticos são prescritos para combater infecções bacterianas em gatos, que podem afetar diferentes sistemas do organismo, como o respiratório, urinário e digestivo. Os princípios ativos mais comuns são:
- Amoxicilina: Um antibiótico de amplo espectro, utilizado para tratar infecções bacterianas respiratórias, urinárias e na pele.
- Cefalexina: Usado principalmente para infecções da pele e tecidos moles.
Problemas que pode sanar: Infecções bacterianas, abscessos, infecções urinárias, pneumonia, entre outras.
2. Anti-inflamatórios e Analgésicos
Estes medicamentos são importantes para controlar a dor e a inflamação em gatos, sejam causadas por doenças crônicas (como artrite), ferimentos ou após cirurgias.
- Meloxicam: Um anti-inflamatório não esteroide (AINE), muito utilizado em tratamentos pós-cirúrgicos e no controle da dor em gatos idosos.
- Carprofeno: Outro AINE, utilizado no alívio de dores agudas e inflamações.
Problemas que pode sanar: Artrite, dores pós-operatórias, inflamações em órgãos internos.
3. Antiparasitários
A infestação por parasitas é uma das queixas mais comuns em gatos. Medicamentos antiparasitários são indicados para eliminar vermes, pulgas, carrapatos e outros parasitas internos e externos.
- Ivermectina: Usada para tratar verminoses internas e parasitas externos.
- Selamectina: Atua no controle de parasitas internos e externos, como pulgas, carrapatos e vermes intestinais.
Problemas que pode sanar: Vermes intestinais, sarna, pulgas, carrapatos, verminoses.
4. Antifúngicos
Gatos também podem ser afetados por infecções fúngicas, como as causadas por dermatófitos (ex: tinea).
- Itraconazol: Um antifúngico eficaz para tratar micoses e dermatofitoses.
- Terbinafina: Usado no tratamento de infecções fúngicas superficiais e profundas.
Problemas que pode sanar: Micoses superficiais e profundas, como a dermatofitose (tinea).
5. Antivirais
Embora menos comuns, os antivirais também são necessários em casos específicos, como em infecções causadas por herpesvírus felino (FHV-1).
- Interferon alfa: Um antivírus utilizado no tratamento de doenças virais, como a rinotraqueíte viral felina.
Problemas que pode sanar: Rinotraqueíte viral, doenças virais crônicas.
6. Medicações para Doenças Crônicas
Para doenças como diabetes e insuficiência renal, é necessário um regime de medicamentos específicos:
- Insulina (para diabetes): Administrada para gatos com diabetes mellitus.
- Fosfato de cálcio (para insuficiência renal): Para controlar os níveis de fosfato no sangue de gatos com insuficiência renal crônica.
Problemas que pode sanar: Diabetes, insuficiência renal, doenças crônicas.
Cuidados e Precauções no Uso de Medicamentos para Gatos
A administração de medicamentos em gatos não deve ser feita de forma indiscriminada, pois isso pode resultar em efeitos colaterais graves. Abaixo, listamos algumas precauções essenciais que todo tutor deve seguir:
1. Consultas Veterinárias Regulares
Antes de administrar qualquer medicamento, é imprescindível que um veterinário faça um diagnóstico preciso. O uso indiscriminado de remédios pode ser perigoso, especialmente considerando que os gatos são mais sensíveis a alguns princípios ativos do que os cães ou seres humanos. Alguns medicamentos podem ser altamente tóxicos para gatos, como os analgésicos humanos (paracetamol, ibuprofeno) e alguns tipos de antibióticos.
2. Evitar Automedicação
A automedicação pode ser extremamente prejudicial. Cada medicamento tem uma dosagem específica para cada tipo de problema e para cada animal. Administrar um medicamento sem orientação profissional pode não só ser ineficaz como também colocar a vida do animal em risco.
3. Efeitos Colaterais
Assim como em humanos, os gatos podem apresentar efeitos colaterais ao usar certos medicamentos. Sintomas como vômito, diarreia, letargia, perda de apetite ou alterações comportamentais podem indicar reações adversas. Caso observe qualquer sinal de desconforto, consulte o veterinário imediatamente.
4. Cuidado com Medicamentos Tóxicos
Alguns medicamentos humanos e outros produtos podem ser extremamente tóxicos para gatos. Por exemplo, o paracetamol e o ibuprofeno são comuns em casas humanas, mas são fatais para gatos, mesmo em pequenas quantidades. Nunca administre um medicamento destinado a humanos sem orientação veterinária.
5. Monitoramento
Após iniciar o tratamento, monitore seu gato para ver como ele está reagindo à medicação. Se o animal parecer piorar, ou se sintomas inesperados aparecerem, suspenda o uso do medicamento e entre em contato com o veterinário.
Métodos de Administração de Medicamentos: Como Fazer de Forma Segura e Eficiente
Existem diversas formas de administrar medicamentos a um gato, e a escolha do método depende do tipo de medicamento, da personalidade do felino e do comportamento dele. Aqui estão alguns métodos eficazes:
1. Comprimidos ou Cápsulas
- Escondendo em alimentos: Uma das maneiras mais simples de dar um comprimido a um gato é escondê-lo em um pedaço de comida, como um pedaço de atum ou uma pastinha de petisco.
- Método direto: Se o gato não aceitar o comprimido escondido, segure sua cabeça com firmeza, abra a boca dele e coloque o comprimido o mais fundo possível. Feche a boca e segure-a suavemente até ele engolir.
2. Medicamentos Líquidos
- Com seringa (sem agulha): Coloque a seringa na boca do gato, na parte lateral (não diretamente na garganta) e administre o remédio lentamente. Essa técnica ajuda a evitar que o medicamento seja cuspido.
3. Pomadas e Cremes
- Aplicação tópica: Se o remédio for uma pomada, siga as instruções do veterinário. Se for para a pele, aplique diretamente no local indicado (como as orelhas) e massageie suavemente.
4. Pílulas em Dispositivos Específicos
- Há dispositivos no mercado, chamados "pílula shooters", que podem ajudar a administrar os comprimidos de forma mais eficiente, com menos estresse para o gato e para o dono.
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